5.30.2007

AGRADECENDO E PEDINDO DESCULPAS









Colei esses dois selinhos aí, porque os recebi da Tina e da Ciça. É uma questão de gratidão e até de orgulho: quem não se orgulha de fazer pensar pessoas inteligentes? Assim, mesmo considerando a influência da amizade, faço questão de agradecer às duas.

Agradecer... e pedir desculpas, porque não vou poder fazer a segunda parte, que seria indicar igualmente 5 blogs que me fazem pensar. Não que eles não existam... muito pelo contrário!

Tenho a sorte grande de contar, aqui no Opiniaum, com a frequência de alguns dos (as) melhores blogueiros e blogueiras da nossa internet. Se alguém quiser comprovar isso, basta clicar em cima dos links das pessoas que comentam os posts, ou ler os comentários: todos escrevem bem melhor do que eu!

Eu leio todos os blogs de vocês. E todos me fazem pensar. E eu realmente acho que vocês escrevem melhor do que eu; por isto, não tenho condições de indicar apenas alguns. Indico todos, com plena certeza de que todos nos fazem pensar; e nos tornam pessoas melhores.

Desculpem, mas não tenho como indicar apenas 5. Quero, sim, agradecer à Tina e à Ciça, pelas indicações que muito me envaidecem; e a cada um de vocês, que me honram com a seleta frequência ao nosso Opiniaum.

Obrigado, gente. De coração!

5.25.2007

FOTO BESTEIROL

Sexta-feira, começo de fim-de-semana... hora de postar.


Mas, confesso, me debato entre a falta de tempo... e a de inspiração. Consequências, ambas, de uma série de problemas a serem resolvidos; ou, quem sabe, a fonte secou. Isto, fatalmente, teria que ocorrer um dia; a única coisa que não acaba são as desculpas dos políticos apanhados no flagra. Mas isso é outra história.

Assim, na falta de coisa melhor, resolvi publicar algumas fotos que venho colecionando na net, exatamente para colocar aqui no blog. Começando por esta, do cidadão que chegou atrasado para se inscrever no bolsa-família e tem que se virar com o rango que consegue. Pelo menos, ele experimenta antes de levar pra família.

A segunda, confesso, é uma das minhas favoritas. Até porque não consigo imaginar nada mais decorativo... e mais inútil, se considerarmos que o cidadão vai sentar de costas para o aquário e assim não poderá captar a ecológica mensagem; aquele olho não enxerga, eis uma verdade universal.

O problema maior é para os peixes, que precisam lutar para não se afogar em fedida companhia. Mas, afinal, do jeito que anda a poluição em mares, rios, lagos e lagoas, eles já devem estar acostumados.

Vida (também) de peixe, deve estar uma merda, mesmo!...



E, já que falei de merda, quero registrar o meu herói e grande ídolo, o passarinho que conseguiu realizar um dos maiores sonhos de toda a humanidade: aplicar uma bela cagada no Bush. Reza o velho ditado: quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Justiça poética, eu diria. Afinal, o George W recebeu um pouco da matéria que vem derramando sobre o resto do mundo...


5.19.2007

A VISITA DO PAPA


Sim, eu sei que é matéria vencida. Mas, sobre a maioria das coisas, podemos pensar melhor depois que o tempo veio acalmar os nossos ânimos.

Além, disto, confesso, tive outro assunto que julguei mais importante: homenagear a minha mãe. Para mim, ela é bem mais importante que o Papa; merece bem mais a minha atenção.

Não sou católico. Mas respeito todas as religiões, desde que não arranquem o lombo dos crentes. Desde que não tentem cobrar o dízimo; muito menos transformá-lo em quinto, ou quarto, ou até meio a meio, como algumas seitas fazem por aí.

Portanto, nada tenho contra o Papa; muito menos contra os devotos, mesmo os mais inflamados. Cada um acredita no que quer; no que melhor combina com o seu próprio raciocínio.

Confesso que tenho uma certa dificuldade para imaginar que um homem possa ser o representante de Deus na Terra. Mas, para alguém que consiga acreditar nisso, certamente ele o é; e vê-lo pode ser a maior realização de uma vida.

Nada tenho, repito, contra o Papa; nem mesmo contra a pompa e o cerimonial que cercaram a sua visita. Teria, talvez, contra o dinheiro público que foi gasto nessa pompa e seria bem mais útil (e até cristão) auxiliando os pobres. A própria Igreja Católica ensina que o Cristo nasceu numa manjedoura, exatamente para ensinar a humildade.

Mas concedo que a renda gerada pela invasão de turistas talvez até tenha compensado parte desse gasto; vá lá que seja. Portanto, isto não me aborrece muito; talvez seja até melhor perder os meus impostos para o Papa, do que para políticos corruptos.

Entretanto, me aborrece que todo um país pare para acompanhar a visita de um homem. Me aborrece que a mídia fique tão centrada nessa visita, que os deputados possam aumentar em quase 30% os seus salários, sem qualquer protesto do povo.

Me aborrece que políticos peçam ao Papa para apressar a canonização de Irmã Dulce. Na minha acanhada ótica, alguém é ou não santo junto a Deus; nada que ninguém (a igreja, inclusive) faça aqui na Terra, pode alterar essa condição. Se eu tiver que pedir uma graça a Irmã Dulce, vou pedi-la... independente de lhe terem conferido o diploma de santa, ou não.

Aliás, também não entendo a importância de termos ou não um santo brasileiro. Alguém, por favor, me explique o que tem a ver! Os santos padroeiros continuarão a ser os mesmos, e cada um continuará a venerar o santo de sua devoção, seja ele de nascimento inglês, alemão, português... ou até um verdadeiro capadócio, como São Jorge.

O que altera a nossa vida, presente ou futura, material ou espiritual, o fato de termos um santo brasileiro? Teremos uma proteção especial? Vou esperar um pouco, para não queimar a língua. Vamos ver se a carga tributária baixa, os políticos roubam um pouco menos, a violência e o desemprego diminuem: esses, sim, serão verdadeiros milagres! E aí vou venerar São Frei Galvão.

Que me desculpem, portanto, os amigos católicos. A minha crítica não é à religião, mas à comoção que toma conta do nosso país e do nosso povo; por motivos a meu ver menos importantes que a fome, o desemprego, a corrupção, e a falência dos serviços públicos, como a educação e a saúde.

O Papa? Até que eu o achei mais simpático do que antes me parecia!...

5.13.2007

TRÊS GERAÇÕES


Vida

pode gerar vidas.

Só o amor

Pode criar pessoas.


Mãe/Vó, amamos você!

5.09.2007

SERÁ, MESMO, QUE DOIS É BOM?


É como aquela história de Yin e Yang, da luz e da escuridão, do sagrado e do profano.

Eu tenho um lado místico, e outro que é extremamente prosaico. Um lado que sonha e outro que tem os pés bem presos na terra. Sou, ao mesmo tempo, a nuvem e a poça d’água;o filósofo e o sacana.

No fundo, creio que isto acontece a todo mundo. Talvez outra não tenha sido a inspiração de Stevenson, a metáfora que ele buscou exprimir com Jekyll e Hyde.

Sob o sino da batina ainda pode pulsar o badalo, me confidenciou um velho padre do interior da Bahia, ao apresentar-me uma de suas 4 filhas. E, pasmem... era o padre mais querido da cidade; muitos o tinham na conta de santo.

Em mim, este contraste é muito vívido; fato evidente nos livros que escrevo. Os filosóficos são leves, coloridos, cheios de esperança; como se buscassem o santo que existe na alma do homem. Os contos são sombrios, sensuais, alguns quase pornográficos, ou violentos; como se buscassem o animal que vive em nós.

Não sei por que isto ocorre. Nem sei se sou mesmo eu, o escritor dos livros em que falo sobre filosofia, ou se sou apenas o intermediário que a entidade Hassan escolheu para trazer aos homens as suas palavras. Não sei e, confesso, não me preocupo muito com isso. Não sou um homem profundamente religioso, já o disse aqui.

Sei, apenas, que o contraste entre os textos é muito grande. Se vocês quiserem comprovar, é fácil: aí, nos links, tem os sites “Hassan” e “Contos e Crônicas”. Vão lá e vejam a diferença. Aí, vocês poderão entender melhor o que digo.

Por conta desta diferença, já tentei separar os textos em dois blogs. Não deu certo; creio que me faltou perseverança. Mas agora vou tentar de novo. Até porque acho que estou transformando o Opiniaum em um bazar, onde se misturam camisinhas, calçolas, cuecas, ternos, hóstias, bíblias e breviários. E não acho isto legal.

Portanto, estou reativando o blog Hassan. E recolocando o seu link, aí do lado, como O_Árabe; postarei em um ou no outro, conforme o texto que tenha. E, quando postar no Hassan, avisarei a todos, aqui, através do Opiniaum. Assim, os amigos que gostam daquele estilo de textos não perderão a postagem.

Bem, era isto que eu queria avisar a vocês. E, claro, agradecer. Afinal, se não fosse por vocês, eu nem pensaria em ter um blog... muito menos dois!

Agora, vamos ver se essa divisão dá certo...

5.05.2007

CONVERSANDO SOBRE POLÍTICA...


- Você viu? A Gretchen quer entrar na política.

- Gretchen? Quem é essa? Pelo nome, é estrangeira!

- Que nada! O nome, mesmo, é Maria Odete. Gretchen é o nome que ela usou como cantora.

- Ah! É aquela que cantava a música do bumbum, não é? Eu lembro. Aliás, não cantava nada; mas tinha uma bunda!...

- Essa mesma. Voltou no ano passado, fez um filme pornô...

- Sei. Tudo quanto é camelô tá vendendo. Acho até que vou comprar um; ver aquele rabo bem vale 10 pratas!

- Pois é. Ela entrou no PPS e quer ser prefeita de Itamaracá, em Pernambuco.

- Se eu morasse lá, votava nela.

- Tá doido, cara? A mulher não entende nada de política!

- Eu votava na bunda. Afinal, prefeito só faz merda, mesmo. E ela tem uma bunda bonita, oras! Se é pra fazer merda, pelo menos a gente escolhe a bunda!

- É, pode ser. Ela até disse que vai tomar umas aulas de política. Mas eu acho que nem precisa. Já ouvi dizer que política é a arte de engolir sapo e, menino, eu vou te contar: já vi o filme, e como a mulher engole!... Sapo, pra ela, vai ser brincadeira!

- E depois de prefeita, quem sabe, ela pode virar deputada. E, se é pra ver deputada dançando no plenário, antes a Gretchen que a Gaudagnin, né? Por motivos óbvios e bem palpáveis! Essa dança ia dar gosto.

- Isso, sem contar que todo político gosta de fuder com o povo, não é? Vai que a Gretchen toma gosto na coisa. E, afinal, eu também sou povo, não sou?

- É, você é povo, sim. Mas não precisa esperar pela Gretchen, cara! Se a sua idéia é essa, lá no Congresso já tem o Clodovil...

- Clodovil? Cruz credo, pé de pato, mangalô, três vezes! Tou fora!


MORAL DA HISTÓRIA: Ninguém se espante, se a Gretchen for eleita. Do jeito que brasileiro vota...

5.02.2007

DE PRISÕES E LIBERDADE


Aqui não viemos para sermos livres. Se livres pudéssemos ser, nossa casa seria o Infinito e ilimitados seriam os nossos vôos.

Entretanto, a liberdade está em nós. Não onde a buscamos, mas em nosso verdadeiro Eu. Porque é ele que transcende o tempo e o espaço, e nos pode levar aonde quisermos ir.

Assim, não estamos presos senão quando presos nos sentimos. E as correntes terão o peso que a elas atribuirmos.

Como não percebemos a prisão do corpo e da gravidade, a nada nos sentiremos obrigados, se tudo fizermos por nossa própria vontade e com amor. Mas, se o fizermos com revolta, pesadas serão as nossas correntes; e o seu peso findará por esmagar-nos.

Livre não é aquele que não tem obrigações, mas o que as cumpre com alegria. Como não é aquele que pode estar em todos os lugares, mas o que de lugar algum necessita.

Livre não é aquele que pode pegar o que quiser, mas o que pode dizer com sinceridade: “-Sou feliz com o que tenho”. E não é aquele que satisfaz todas as suas vontades, mas o que não se escraviza aos seus próprios desejos.

Se um homem ama a sua prisão, ele será livre em sua cela. Pois o que nele existe de mais verdadeiro não estará encerrado entre paredes, mas envolto no amor. E viajará com o vento, cantando as mais lindas canções e sentindo os mais doces perfumes.

E aquele que não ama jamais será livre, ainda que todo o mundo lhe pertença. Porque estará encerrado na prisão do seu egoísmo, encarcerado na solidão de sua alma. E o seu Eu não ouvirá as canções, nem sentirá os perfumes.

Estamos demasiadamente presos aos nossos conceitos; e, assim, não somos livres para encontrar as verdades. Porém, é dos nossos erros e acertos, das nossas dores e alegrias, que virá o que seremos; porque ninguém é senão o resultado do que já viveu.

E a ninguém podemos transformar. Como não pode o pai ensinar ao filho tudo aquilo que já sabe.

Continuaremos a invocar a liberdade. E a construir as nossas prisões.

Entretanto, chegará o amanhã. E nele não precisaremos procurar a Liberdade. Ela virá a nós, quando estivermos prontos. E nos falará na voz do mar, e nos sorrirá no brilho das estrelas.

Então, a conheceremos.