1.24.2008

COISAS DO PT

Em 26 de novembro passado, parte da arquibancada do Estádio da Fonte Nova, aqui na Bahia, desabou durante uma partida de futebol e sete torcedores morreram. O fato provocou uma grande comoção e teve, inclusive, destaque na mídia de todo o país.

Em janeiro/2006, o Ministério Público havia solicitado a interdição do estádio, em função do seu estado precário e dos riscos existentes. Paulo Souto, governador do estado na época, não quis interditá-lo; mas o atual gestor, Jacques Wagner, poderia ter adotado providências, uma vez que governa a Bahia desde janeiro/2007.

Agora, a polícia baiana concluiu o inquérito. O resultado é o contado aí em cima; a manchete é de A TARDE, o maior jornal da Bahia. Foram indiciadas quatro pessoas por homicídio doloso e uma por homicídio culposo. A delegada justificou a diferença de classificação do delito, dizendo que as quatro primeiras sabiam do risco e podiam ter interditado o estádio, enquanto a quinta só sabia, mas não tinha poderes para a interdição.

Um dos indiciados por homicídio doloso é Bobô, ex-jogador do Bahia e que, graças à sua popularidade, foi nomeado por Wagner para titular da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia, responsável pela administração do estádio; sem entender nada do ramo, diga-se de passagem. Mais ou menos como Gilberto Gil virou Ministro da Cultura. Coisas do PT.

Os outros três são os presidentes do Bahia e da Federação Bahiana de Futebol e o Diretor Técnico da CBF. Um engenheiro da SUDESB, a Superintendência de Desportos, foi indiciado por homicídio culposo .

Foi uma tragédia e concordo plenamente que alguém tem que ser responsabilizado pelas vidas que se perderam. Mas a minha pergunta é uma só: se indiciou o superintendente, por que a delegada não indiciou, também, o governador Jacques Wagner? Segundo ela, “não existem provas de que o governador tivesse conhecimento do problema”. Simples assim.

Ou seja: apesar de existir um processo em curso na Justiça e dos sucessivos alertas da mídia baiana, o governador do estado não sabia de nada. Mais ou menos como o Lula, no caso do mensalão; ou o Ministro da Defesa, no caso das tragédias aéreas.

É a nova cultura do “Eu não sabia”. Inocente por ignorância de coisas que deveria saber.

Coisas do PT.

Eu pretendia fazer um texto comemorativo: afinal, esta é a postagem de número 200. Mas certas coisas me revoltam tanto, que não dá pra segurar...

1.19.2008

CAPITÃO FLÁVIO NASCIMENTO, ÀS SUAS ORDENS!


Ontem, na esquina de nossa casa, meu filho caçula foi assaltado, quando voltava do trabalho; seriam cerca de 21 horas, talvez. Dois homens anunciaram o assalto; ele correu e entrou na casa vizinha, que estava aberta. Provavelmente os ladrões não estavam armados, porque não atiraram. Foi um grande susto, mas não acabou na tragédia que poderia ter sido.

Há pouco tempo, um de meus genros foi assaltado; em frente à casa onde mora. Foi defender um vizinho, do que achou que fosse briga, e recebeu um revólver no meio da cara. A valentia dele foi rendosa para o ladrão, que fez dois assaltos pelo custo de um; e nem deu qualquer desconto. Levou tudo, mesmo. Ainda bem que também não acabou em tragédia.

Os leitores mais antigos sabem que tive alguns problemas, com pessoas que se intitulam defensoras dos “direitos humanos” e não concordam com as minhas opiniões sobre os marginais. Pois bem: quero agora, de público, reconhecer que estava errado.

Reconheço que os ativistas estão certos. Eu estou errado e o Luciano Huck está errado. Pelo fato de terem nascido filhos de pais pobres, de não terem freqüentado boas escolas, nem comido sucrilhos ou aveia no café da manhã, esses caras têm todo o direito de nos assaltar. De botar o revólver em nossa cara e levar o dinheiro suado, fruto do nosso trabalho.

Pouco importa que gente como eu, que não veio de berço de ouro, trabalhe 14 horas por dia, em mais de um emprego, para ganhar a vida; esta é a minha média de trabalho diário, eventualmente também aos domingos e feriados. Mas eu estou errado: porque trabalho, ganho dinheiro honestamente e sustento a minha família. Isso não é justo, com esses pobres coitados; afinal, eles só têm o revólver para comprar as drogas de que necessitam.

O culpado sou eu, de alguma forma nebulosa que não entendo. Afinal, não sou inteligente como os ativistas; nem bondoso como a madre Teresa de Calcutá. Mas a culpa deve ser minha; e de todos os cidadãos honestos. Só os marginais são inocentes.

Reconheço: eles têm todo o direito de me assaltar. Mas, pela lógica, acredito que também tenho o direito de me defender; não tenho vontade alguma de sustentar vagabundo e menos ainda de morrer pela justiça social.

Portanto, estou pensando em comprar uma arma. Passei seis anos no exército e atiro bem. Aí, se esses assaltos por aqui continuarem, vou poder meter uma ou algumas balas em um ou uns desses filhos das putas. De preferência na testa, para aliviar o pesado fardo que eles carregam, segundo os bons samaritanos.

Sei que, se isto acontecer, posso ser preso; mas não me preocupo. Porque aí, sim, vou poder contar com o pessoal dos direitos humanos!

1.07.2008

SAUDADE DA MARVADA

Sabem, companheiros e companheiras? Eu estou convencido de que nunca, jamais, em tempo algum na história deste país, um governo chorou tanto pelo fim de um imposto, como pela recente morte da CPMF.

O interessante é que, como se sabe, o Brasil é líder mundial em carga tributária. E, entretanto, o governo se comporta como se a CPMF fosse o único imposto cobrado aqui; como se com a sua extinção nada mais pudesse ser feito no país.

Vejo o Lula dizer que “O Brasil tem que fazer cortes na veia, com o fim da CPMF”. E anunciar cortes na saúde pública e em outros setores, como a educação.


Não entendo porque esses cortes não são feitos na corrupção; em desvios de verbas, como os que foram feitos por Zé Dirceu, Delúbio Soares, Silvinho, Luiz Gushiken, os ministros e deputados do mensalão, os sanguessugas e outros mais. Porque, com certeza, as maracutaias continuam; só que mais ocultas.

Não entendo porque os cortes não são feitos em obras faraônicas, de destino e benefícios incertos, como a transposição do Rio São Francisco, a versão petista da malsinada Transamazônica. Saliente-se, aliás, que as obras ainda não começaram e já há denúncias de desvio de verbas a ela relacionadas; na casa dos milhões. Porque, para os nossos políticos, a vergonha não é roubar; é roubar pouco.

Para aprovar a CPMF, o governo vendeu a alma ao diabo; chegou a salvar o mandato de Renan Calheiros. Queimou o que restava da fita de Aloísio Mercadante, um dos poucos petistas que ainda eram respeitados no Brasil; agora, acho que só sobra mesmo o Suplicy. O Lula? Não acho que ele seja respeitado; já foi. Agora suborna o povão, com a Bolsa Esmola e similares.

De toda forma, começa o efeito bumerangue; o ferro volta para o seu lugar de costume, que é o rabo do povo. Impostos já foram aumentados, verbas necessárias vão ser cortadas. A saúde e outros serviços vão piorar ainda mais.

O governo vai potencializar o fim da CPMF; aproveitar para cortar mais verbas, aumentar alíquotas e criar mais impostos. Até recuperar em dobro a arrecadação que perdeu, e do mesmo lugar: o nosso bolso. Ou alguém acha que bancos e outras empresas não vão repassar para nós esse aumento nas suas despesas?

Aguardemos para ver. Nunca pensei em dizer isto, mas acho que vamos sentir saudades da velha CPMF...

Pelo traço, vcs devem ter notado que a caricatura é do Angeli. Achei no blog do Mário e apenas coloquei a legenda.

1.02.2008

UPGRADE - OBRIGADO, KEYLA!


Recebi da Keyla este selinho, que simboliza a nossa amizade e agradeço do fundo do coração; como tenho dito sempre, não há melhor recompensa.


Obrigado, amiga Loba! E espero que você me permita ofertar o selo a todos os nossos amigos. Afinal, o Opiniaum existe graças a vocês!