DIA DOS PAIS
De meu pai, lembro do riso aberto e do jeito de menino. Da sangria de vinho com água e açúcar, do bandolim a tocar canções lusitanas; do seu cuidado com os discos, fossem 78 rpm ou de vinil, novidade na época. Lembro das bacalhoadas, a casa cheia de amigos, o dominó e o jogo de damas.
Com a separação dele, paradoxalmente, uma proximidade maior. As novas mulheres, uma camaradagem mais franca, uma relação mais adulta. Nos últimos anos, eu o conhecia melhor.
Hoje, sou pai. Sei que cada um de meus filhos é uma parte de mim, que eles sempre estarão em mim. E percebo que nunca foi preciso entendê-lo, afinal.
Porque ele ainda está em mim. Nas minhas lembranças.
Na minha saudade.
Com a separação dele, paradoxalmente, uma proximidade maior. As novas mulheres, uma camaradagem mais franca, uma relação mais adulta. Nos últimos anos, eu o conhecia melhor.
Hoje, sou pai. Sei que cada um de meus filhos é uma parte de mim, que eles sempre estarão em mim. E percebo que nunca foi preciso entendê-lo, afinal.
Porque ele ainda está em mim. Nas minhas lembranças.
Na minha saudade.