8.08.2009

DIA DOS PAIS

De meu pai, lembro do riso aberto e do jeito de menino. Da sangria de vinho com água e açúcar, do bandolim a tocar canções lusitanas; do seu cuidado com os discos, fossem 78 rpm ou de vinil, novidade na época. Lembro das bacalhoadas, a casa cheia de amigos, o dominó e o jogo de damas.

Com a separação dele, paradoxalmente, uma proximidade maior. As novas mulheres, uma camaradagem mais franca, uma relação mais adulta. Nos últimos anos, eu o conhecia melhor.

Hoje, sou pai. Sei que cada um de meus filhos é uma parte de mim, que eles sempre estarão em mim. E percebo que nunca foi preciso entendê-lo, afinal.

Porque ele ainda está em mim. Nas minhas lembranças.

Na minha saudade.

3 Comments:

Anonymous De... said...

Um pai que já não está, está além das nossas lembranças e da nossa saudade.
Está impregnado em nossa consciência, em nossa alma e em nossos atos.
Certamente, quando o seu amor chega aos seus filhos, carrega junto um pouco (ou um muito) do seu pai.

Tenha um feliz Dia dos Pais, Flávio.

2:30 PM  
Anonymous luisa Paula said...

Pessoalmente tive alguns "conflitos" com o meu pai.
Guardo em memória, a criança que existe em mim e a falta que me faz um pai que já partiu...
Beijinho

6:20 AM  
Blogger Luna Solista said...

meu pai meu heroi, essa maxima ñ muda! até hoje vejo nele o meu simbolo, quase um icone! tenho medo de perde-lo, tenho medo de ñ expressar o suficiente meu carinho e o meu amor. Tenho medo de perde-lo..ainda é tão cedo...

1:17 AM  

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