E AGORA, BAHIA?
Ele poderia ter sido um personagem de Jorge Amado. Ou, como foi, alguém que existiu na vida real.
Só não o imagino em outro lugar que não fosse a Bahia. Descendo as suas ladeiras, respirando o seu ar, curtindo o seu sol e o seu calor. Enriquecendo o seu folclore.
Só alguém tão baiano, poderia viver com tanta intensidade. Amar tanto, odiar tanto, enganar tanto. Lutar tanto, pela terra onde nasceu; e, ao mesmo tempo, em seu próprio benefício. Vestir branco na sexta-feira, abraçar padres e pais-de-santo; conviver com pobres e poderosos, amando e odiando a todos, ao sabor de seus interesses.
Ele foi o Vadinho, da Dona Flor, na sua amoralidade e luxúria; no seu desprezo infantil, por tudo que não fosse ele mesmo. E foi os coronéis do cacau, no seu apego ao poder. E foi também Pedro Arcanjo, na defesa da verdadeira Bahia.
Agora, ele se foi. E a Bahia se divide, entre prantear o seu maior filho, ou execrar o maior filho da puta que um dia pisou o seu solo. Entre os que choram por ele, as críticas são feitas à boca pequena; e, entre os que dizem odiá-lo, uma lágrima teimosa insiste em rolar às ocultas.
Ele se foi. E continua presente. Já não percorre as ruas da Bahia, mas jamais deixará a sua história; já não grita na tribuna, mas a sua voz continua a fazer-se ouvir, no vento que assovia entre os coqueiros.
Ele jamais foi um santo. Mas, talvez, hoje exista um novo orixá, a zelar pela Bahia...
Só não o imagino em outro lugar que não fosse a Bahia. Descendo as suas ladeiras, respirando o seu ar, curtindo o seu sol e o seu calor. Enriquecendo o seu folclore.
Só alguém tão baiano, poderia viver com tanta intensidade. Amar tanto, odiar tanto, enganar tanto. Lutar tanto, pela terra onde nasceu; e, ao mesmo tempo, em seu próprio benefício. Vestir branco na sexta-feira, abraçar padres e pais-de-santo; conviver com pobres e poderosos, amando e odiando a todos, ao sabor de seus interesses.
Ele foi o Vadinho, da Dona Flor, na sua amoralidade e luxúria; no seu desprezo infantil, por tudo que não fosse ele mesmo. E foi os coronéis do cacau, no seu apego ao poder. E foi também Pedro Arcanjo, na defesa da verdadeira Bahia.
Agora, ele se foi. E a Bahia se divide, entre prantear o seu maior filho, ou execrar o maior filho da puta que um dia pisou o seu solo. Entre os que choram por ele, as críticas são feitas à boca pequena; e, entre os que dizem odiá-lo, uma lágrima teimosa insiste em rolar às ocultas.
Ele se foi. E continua presente. Já não percorre as ruas da Bahia, mas jamais deixará a sua história; já não grita na tribuna, mas a sua voz continua a fazer-se ouvir, no vento que assovia entre os coqueiros.
Ele jamais foi um santo. Mas, talvez, hoje exista um novo orixá, a zelar pela Bahia...
14 Comments:
Olâ passei pra desejkar bom fds e um feliz dia dos amigos.
Fazendo uma pesquisa na net tive o prazer de vir parar aqui no teu espaço. Tens uma maneira própria de postar, com artigos contendo preciosas informações, um leve e inteligente toque de humor, uma forma delicada de se dirigir ao teu público e um jeito próprio e muito sensível de falar sobre a vida, relacionamentos, cotidiano.
Gostei muito da mensagem onde falas das relações virtuais e divides teu prêmio com os amigos. Percebe-se em ti uma personalidade marcante dentro de uma alma sensível e generosa.
Desculpe ter invadido assim o teu espaço e feito este comentário, mas acredite, fui movida pela melhor das intenções, e ainda te culpo por ter assim procedido... rss. Quem manda inundar de carinho, bom gosto e inteligência este teu espaço? Faz-nos ficar cativos de tuas palavras.
Faltou muito ainda para ler, por isso voltarei outras vezes se não te for incomodar.
Deixo-te um abraço nos votos de uma semana de paz e alegrias.
Brigadão, Cris! Sabe que vc é sempre bem-vinda, né? :) Bjs, bom fds
Bia, grato pela gentileza e saiba que achei muito bonito o seu blog. Quanto a este espaço, é nosso; volte sempre, sim... será um prazer recebê-la! Grande abraço e uma boa semana para vc.
morte sempre eh triste. :/
beijooooo
Oi Flávio, muito inteligente sua forma de tratar esta notícia. Que sejam feitas então as contas do que se perdeu ou se ganhou.
Beijos e bons desejos a você sempre.
Oi, sumida Sacanita! ;) Bom ver vc de volta, viu? Bjs
Josse, a idéia é boa, mas não dá. Não dá pra se fazer as contas de sentimentos... ;) Bjs
Olá Flávio, a Bahia perdeu um grande protetor, que nunca foi santo mesmo, mas a amou imensamente e isto é fato. Nunca fui fã dele, mas respeito o respeito que os outros têm por ele.
Sobre a minha história, todas as memórias de borboleta são histórias verdadeiras de Claudinha.
Beijo!
Muitas (e boas) histórias, né, Claudinha? :) Bjs
Realmente Flávio, sentimento não se conta, o coração é que sente. Cada pessoa tem o seu valor: grande para alguns, pequenos para outros. Mas há que se valer o que fica pra história.
Beijos e bom desejos para o findi semana.
Estive garimpando mais algumas leituras, e me deliciando com a verdade exposta nos teus artigos. Lá pelos meados de abril/05 deparei-me com "A FALÊNCIA DA ESPERANÇA" e impressionou-me como, após dois anos, o nosso presidente continua a suscitar a mesma opinião. Uma pena para nós brasileiros que vimos o sonho acabar pouco a pouco.
Deixo um abraço e os votos de um final de semana de alegria e paz.
Josse, é isso que penso, sim. cada um de nós tem o seu valor... e precisamos acreditar nisso! ;) Bjs, bom fds
Bia, obrigado pelo cuidado da leitura e pela sua gentileza, viu? Qt ao Lula... eu mesmo fui um dos desiludidos: e o pior é que vc tem razão: nada mudou! :( Abração e bom fds
Postar um comentário
<< Home