DE GIBRAN, CHALLITA E COINCIDÊNCIAS
Vejo, no blog da Rita (http://la-loba.blogspot.com/), uma comovida referência ao Gibran Khalil Gibran. E, mais uma vez, me espanto, ao ver como as chamadas “coincidências” acontecem na vida da gente.
Explico: conheci os livros do Gibran, ainda na adolescência. Se eu tivesse que escolher o maior escritor do mundo, em todos os tempos e em todos os gêneros, o indicaria sem pensar duas vezes; e olhe que tenho lido um bocado, ao longo da vida.
Como aconteceu com a Rita e incontáveis outros, antes e depois de mim, a obra do Gibran me marcou profundamente. E, muitos anos depois, numa das piores fases de minha vida, veio-me a idéia de tentar escrever algo parecido; apenas como um desabafo.
Uma surpresa: as palavras brotaram, o texto fluiu. Assim, como se as idéias já estivessem prontas, em mim, e apenas aguardassem o convite para vir à luz. Em 15 dias, o que seria apenas um texto virou um livro; que me pareceu bom demais, para ser simplesmente esquecido em uma gaveta.
Entretanto, a fase era horrível também financeiramente; sem rodeios, eu estava falido. Faltava dinheiro até para comer, quanto mais para publicar um livro. Foi quando fiz uma loucura: tomei dinheiro emprestado e comprei uma passagem de ônibus para o Rio, onde me hospedei em casa do meu irmão caçula.
O objetivo? Encontrar Mansour Challita, tradutor e editor, no Brasil, da obra de Gibran. Eu jamais o havia visto, mas algo me dizia para procurá-lo. Loucura? Com certeza; eu já disse isto, no parágrafo anterior.
Pelo catálogo telefônico, descobri o endereço de Challita. Fui até ele, na maior cara-de-pau, apresentei-me e perguntei se tinha interesse em editar o livro. Um gentleman, ele me recebeu maravilhosamente bem; mas deixou claro que não era editor profissional, apenas editava no Brasil os livros de Gibran. E não tinha interesse em editar nenhum outro.
Uma ducha fria, vocês podem imaginar. Precisei insistir, para deixar com ele os originais e o telefone onde poderia me encontrar. E voltei para a casa de meu irmão; desamparado, deprimido e disposto a retornar para Salvador pelo primeiro ônibus, no dia seguinte. Aquele fracasso, realmente, me doeu; assim como se a última esperança se fosse.
Às 8 da noite, o telefone tocou. Meu irmão atendeu e me passou, surpreso: “É para você”. Atendi, mais surpreso ainda; e, do outro lado, a inconfundível voz de Challita: “Senhor Flávio? Mansour Challita. Gostaria de publicar o seu livro”. Acho que vocês podem imaginar como fiquei.
Para encurtar a história, vendi os direitos autorais do livro, que foi publicado pela Associação Cultural Internacional Gibran, presidida por Challita, que também me deu a honra de escrever o prefácio.
Não; não fiquei rico. Mas recebi a aprovação do homem mais qualificado para julgar o meu trabalho; e ainda tive a felicidade de vê-lo publicado com a chancela da Associação Cultural Internacional Gibran. Certas coisas valem bem mais do que dinheiro!
Depois dele, escrevi mais dois livros no gênero. E, agora, chegamos à coincidência: há cerca de dois meses, venho preparando um site que reúna estes livros. Aprendi até a trabalhar (muito mal!) com o Front Page, para montar o site.
Pois bem: assim que termino o trabalho, vejo o comentário da Rita. E isto me motiva, ainda mais, a colocar o site no ar. Porque acho que as mensagens nele contidas realmente merecem ser divulgadas.
O endereço do site é http://br.geocities.com/acalanto_home_page. Também está nos meus links, com o nome de Acalanto. Não tem muitos recursos; lembrem-se que aprendi, na marra, a usar o programa. Nem ao menos sei colocar o contador de acessos e muito menos um livro de visitas. Ficarei grato, se alguém se dispuser a me ensinar.
Espero que vocês, meus amigos, passem por lá, de vez em quando, num desses dias em que todos precisamos de uma palavra amiga; e lá possam encontrá-la. Porque este é o objetivo do site: que suas mensagens possam ser úteis a alguém.
Como, tantas vezes, as mensagens de Gibran me ajudaram...
Explico: conheci os livros do Gibran, ainda na adolescência. Se eu tivesse que escolher o maior escritor do mundo, em todos os tempos e em todos os gêneros, o indicaria sem pensar duas vezes; e olhe que tenho lido um bocado, ao longo da vida.
Como aconteceu com a Rita e incontáveis outros, antes e depois de mim, a obra do Gibran me marcou profundamente. E, muitos anos depois, numa das piores fases de minha vida, veio-me a idéia de tentar escrever algo parecido; apenas como um desabafo.
Uma surpresa: as palavras brotaram, o texto fluiu. Assim, como se as idéias já estivessem prontas, em mim, e apenas aguardassem o convite para vir à luz. Em 15 dias, o que seria apenas um texto virou um livro; que me pareceu bom demais, para ser simplesmente esquecido em uma gaveta.
Entretanto, a fase era horrível também financeiramente; sem rodeios, eu estava falido. Faltava dinheiro até para comer, quanto mais para publicar um livro. Foi quando fiz uma loucura: tomei dinheiro emprestado e comprei uma passagem de ônibus para o Rio, onde me hospedei em casa do meu irmão caçula.
O objetivo? Encontrar Mansour Challita, tradutor e editor, no Brasil, da obra de Gibran. Eu jamais o havia visto, mas algo me dizia para procurá-lo. Loucura? Com certeza; eu já disse isto, no parágrafo anterior.
Pelo catálogo telefônico, descobri o endereço de Challita. Fui até ele, na maior cara-de-pau, apresentei-me e perguntei se tinha interesse em editar o livro. Um gentleman, ele me recebeu maravilhosamente bem; mas deixou claro que não era editor profissional, apenas editava no Brasil os livros de Gibran. E não tinha interesse em editar nenhum outro.
Uma ducha fria, vocês podem imaginar. Precisei insistir, para deixar com ele os originais e o telefone onde poderia me encontrar. E voltei para a casa de meu irmão; desamparado, deprimido e disposto a retornar para Salvador pelo primeiro ônibus, no dia seguinte. Aquele fracasso, realmente, me doeu; assim como se a última esperança se fosse.
Às 8 da noite, o telefone tocou. Meu irmão atendeu e me passou, surpreso: “É para você”. Atendi, mais surpreso ainda; e, do outro lado, a inconfundível voz de Challita: “Senhor Flávio? Mansour Challita. Gostaria de publicar o seu livro”. Acho que vocês podem imaginar como fiquei.
Para encurtar a história, vendi os direitos autorais do livro, que foi publicado pela Associação Cultural Internacional Gibran, presidida por Challita, que também me deu a honra de escrever o prefácio.
Não; não fiquei rico. Mas recebi a aprovação do homem mais qualificado para julgar o meu trabalho; e ainda tive a felicidade de vê-lo publicado com a chancela da Associação Cultural Internacional Gibran. Certas coisas valem bem mais do que dinheiro!
Depois dele, escrevi mais dois livros no gênero. E, agora, chegamos à coincidência: há cerca de dois meses, venho preparando um site que reúna estes livros. Aprendi até a trabalhar (muito mal!) com o Front Page, para montar o site.
Pois bem: assim que termino o trabalho, vejo o comentário da Rita. E isto me motiva, ainda mais, a colocar o site no ar. Porque acho que as mensagens nele contidas realmente merecem ser divulgadas.
O endereço do site é http://br.geocities.com/acalanto_home_page. Também está nos meus links, com o nome de Acalanto. Não tem muitos recursos; lembrem-se que aprendi, na marra, a usar o programa. Nem ao menos sei colocar o contador de acessos e muito menos um livro de visitas. Ficarei grato, se alguém se dispuser a me ensinar.
Espero que vocês, meus amigos, passem por lá, de vez em quando, num desses dias em que todos precisamos de uma palavra amiga; e lá possam encontrá-la. Porque este é o objetivo do site: que suas mensagens possam ser úteis a alguém.
Como, tantas vezes, as mensagens de Gibran me ajudaram...
28 Comments:
Flávio, o site ta lindo! E os livros realmente dispensam quaisquer comentários. Eu acredito que você é a reencarnação de Gibran.
Anônimo, sou não; sou muito terreno pra isto. Mas confesso que gostaria de ser. Não sou muito chegado a ídolos, mas o Gibran é uma exceção! :)
CalilGibran era livro de cabeceira de Elvis.Eu vi um volume todo anotdo nas margens lá no museu de Graceland.eut ambém gosto dele e acho fundamental os seus pensamentos.Vc pode pedir ajuda da http://flaviasereia.com que ela sabe tudo desse tipo de site.Vou visitar o outro seu.
Não conhecia a essência textual de Gibran, mas minha tia - a La Loba - já tratou de me mostrar um livro e logo em breve lerei.
abraço!
A propósito, você tem orkut?
Flávio, sou também fã de Gibran. Passei por lá no site e te digo que os textos estão absolutamente sublimes. Parabéns!
Nossa que interessante..posso imaginar como vc se sentiu porque senti o mesmo quando soube que ninguem nem quer ler o meu original--..os que recebem nao dao resposta de volta...mas com certeza falta me o seu talento de escritor...parabens ..vou conhecer o site e boa sorte..
Magui, obrigado; acho que vou pedir ajuda à xará, sim, mesmo pq tou apanhando feio do site! :) Eu não sabia desse detalhe do Elvis, mas o Gibran realmente era uma leitura de âmbito mundial... e excelente!
Cristiano, eu já te havia recomendado o Gibran, lá no Bonequinho; realmente, vale a pena! Qt ao orkut, tenho não; se tivesse, pode apostar que vc já estaria nele! :)
Brigadão, Marconi, pela opinião. A idéia é que ele seja um site de cabeceira, para ser eventualmente consultado. Antigamente eram livros; mas, vc sabe, os tempos mudam... :) abração
Cilene, talento você tem... com certeza! Pode ter faltado, até hj, um pouco de sorte. Mas não esquenta... um dia, ela chega! ;)
Flávio, obrigada pela visitinha. Volte sempre! Visitei o site e fiquei encantada. Seus livros são maravilhosos. Acredito que o mundo precisa conhecer Hassan. Nem todos os verdadeiros talentos literários fazem sucesso. Muitos, no anonimato se perdem. E as pessoas perdem muito mais se privando de leituras maravilhosas.
Bjs.
Essa sua coragem falta a muita gente. Pessoas que engavetam os sonhos e passam a vida amargando aquilo que não fizeram. Parabéns pelo livro publicado!! Vou visitar o seu site!! Boa semana! Beijus
Aqui também confirmo a nossa unidade. Estradas aparentemente tão diferentes se cruzam...Num cruzamento da vida encontramos a água que nos matou a sede. E será sempre assim até que desçamos do pedestal da arrogância para admitirmos que somos um. Fico feliz em partilhar emoções tão verdadeiras com um outro ser e perceber as pontes que tem o coração. O site está com a sua energia amorosa e emocionei-me muito.Hoje, particularmente, o meu coração carecia demais do que encontrei. Muito obrigada. Sua história é linda e mostra o quanto devemos acreditar nos nossos sonhos. Normalmente estão neles a nossa missão. Continue a oferecer ao mundo esse dom que Deus lhe deu. Abraço cheio de carinho pra vc.
Puxa!! Incrível seu post. Fiquei imaginando sua jornada e fiquei orgulhosa...rsrsrsr. Normalmente o que falta nas pessoas de talento é esse arrojo. Em mim, por exemplo, falta, quer dizer já tive, mas esmoreci.. =(
Enfim, não só visitarei o site, como o linkarei e o divulgarei, certo??
Vou dar uma olhada se tenho os códigos desse domínio para colocar o contador e o livro de visitas.
Muita sorte pra ti, sempre!
Beijos
Olhos doces, obrigado. E vou voltar ao seu blog, sim; gostei muito. Qto ao sucesso literário, confesso que gostaria. Mas o principal, mesmo, é divulgar a mensagem, para pessoas como vcs! Bjs
Luma, nem sei se é coragem ou maluquice! :) Mas tenho sorte: depois dele, publiquei outro, por conta própria, e consegui esgotar 6.000 exemplares, em duas tiragens. O mais recente tb já está impresso; tou reunindo coragem,pra promover o lançamento... ;) Veja lá,sim... e dê sua opinião. Bjs
Pssiu, Rita! Eu sei que sempre digo que as opiniões aqui são livres... e é verdade! Mas não vale me emocionar com comentário, viu? :) Bjs, obrigado.
Chris, vc ficou orgulhosa... e eu fiquei apavorado, qd ele disse que não queria! :) Mas, falando sério, não esmoreça: vc ainda é muito nova e tem talento; seu blog comprova. Insista! Obrigado pela ajuda na divulgação e, se vc precisar da ID e senha, para arrumar o site, é só dizer: te mando por e-mail! Bjs
Flávio, parabéns... muito parabéns pelo site. Mas a palavra que eu gostaria de usar para parabenizar a história do su post não existe, é muito mais que sensacional, um grande exemplo. Vou procurar pelos seus livros. Um abração.
Júnior,não sei se vc vai achar. Como disse, vendi os direitos do primeiro, que foi distribuído pela Record, em 1988; não sei se ainda está no catálogo. Os outros dois foram edições independentes; aí em SP, quem vendia era um santuário esotérico, mas não lembro o nome nem endereço. Destes, ainda tenho algumas (poucas) cópias; se vc quiser, basta mandar o endereço que te envio. Se não, curta no site; de qualquer forma, tks pelo interesse e pela amizade. Abração. :)
Puxa, tô aqui toda boba e orgulhosa de tudo que você fez, exemplo de coragem, de ousadia, de sapiência, tô feliz em ser sua amiga[mesmo que virtual].
Queria ter um livro seu na minha mão, poder ler sentindo as palavras, ainda encontro a venda?
Bem,você é um exemplo de que se deve correr atrás dos sonhos, nunca esmorecer!
Vou ver o site..
meu carinho querido e lindo dia
beijosssssssssss
Uau! É leitura pra mais de metro e de uma beleza ímpar, parabéns!!
Lerei todos os dias um trecho...
lindo dia de novo....
beijossssss
*roubei sua foto pro meu album dos amigos, pode?
Prometo passar lá essa semana ainda.
Beijo...
rapaz, tomei um susto ao abrir o Opiniaum, pensei que vc iria falar do Gabriel(a) Chalita....
brincadeiras à parte, eu já havia lido este trabalho teu baseado no Gibran, e te repassei os elogios em contato por e-mail. legal vc passar pra mais pessoas o site.
off topic - Flavio, o que que deu no teu ilustre conterraneo Popó, de anunciar aposentadoria dos ringues???
Clarinha, a "beleza ímpar" não sei... os amigos são meio suspeitos, pela bondade. :) Agora, leitura pra mais de metro... isso tem, com certeza! São dois livros e meio, ali. :) Qt aos livros em papel, como já disse ao Júnior, eu tenho alguns exemplares dos dois últimos e posso mandar pros amigos que quiserem; o pior que pode acontecer é vcs pagarem as despesas de correio, se os pedidos forem muitos... aí, não guento! :) Qt ao primeiro, objeto do post, fiz uma pesquisa para vcs e achei neste endereço: http://www.comprar-livro.com.br/livros/64191/, aqui na Internet. Boa sorte! :) Qt à foto, fique tranquila. Obrigado, bjs.
Clara, se eu disser que vale a pena passar, mesmo... vc vai achar que tou convencido? ;) Bjs
Serbon, nem sei quem é o Gabriel, acredita? Só li uma reportagem da Veja, tascando o pau nele, há algum tempo! Mas o Mansour... mano, é uma grande figura humana, além de excelente escritor e extremamente culto, pode acreditar! Obrigado pela sua opinião sobre o site, viu? :)
Qto ao Popó, tb só fiquei sabendo hj, pela Internet. Será que ele tá querendo dar um bom exemplo ao ACM? :)
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