SIMPLESMENTE O TÉDIO
Todo mundo que escreve, acredito, já passou por isto.
É uma fase de “branco” mental; como se os neurônios responsáveis pela linguagem escrita se recusassem a comparecer ao trabalho. Busquei assuntos no noticiário, na Internet e, num paroxismo de desespero, confesso que cheguei a ler a “Veja”; com direito a uma espiada na coluna do Mainardi.
E nada; nem uma idéia. Nada que me despertasse um pensamento engraçado, sobre o qual valesse a pena escrever. Vi, na TV, famílias com carro e casa própria e que recebem a “Bolsa Escola”, no lugar de outras que não têm o que comer. Isso me deixou puto da vida, mas não me fez escrever.
Também tenho acompanhado a briga dos chuchus (Serra x Alckmin), para ver quem vai encarar o Lula Lelé nas próximas eleições, numa batalha contra os (e pelos) cofres públicos, que vão despejar dinheiro a rodo este ano. E tudo isto só me faz pensar naquela famosa frase do Chacrinha: “Vai para o trono ou não vaaaaaiiiiiiiii?”.
O show dos Stones, que assisti em casa, na TV de 29 com Home Teather de 4.000 watts RMS, tomando umas cervejas bem geladas, enquanto a multidão se acotovelava na areia. E isto só me deu uma espécie de saudade, do tempo em que eu também era capaz de encarar estes programas de índio.
A luta pelos ingressos do U2; pessoas felizes, exibindo os seus bilhetes como se fossem jogos premiados da MegaSena, e correndo para pegar lugares na frente, como se fosse tudo que importasse no mundo. E eu pensando, comigo mesmo, que só correria daquele jeito se chegasse uma tsunami aqui no nordeste.
Carnaval chegando. Época de trios elétricos, músicas sem letras que prestem, mas cheias de vogais. Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Chiclete com Banana e o Babado Novo repetindo os mesmos velhos babados de todos os anos. Tão velhos que até o vovô Gil vai desfilar em cima do seu Expresso 2222, com convidados ilustres, como sempre.
Não sei porque, mas algo me diz que entre esses convidados estarão Caetano, Bethânia, Gal Costa e Elba Ramalho. Adoro todos eles, mas com músicas de Carnaval é dose. Além, é claro, da desagradável sensação de já ter visto esse filme; muitas vezes, diga-se de passagem.
Enfim, um tédio mortal. Mas a verdade é que preciso escrever, ou perderei leitores. E, para quem tem tantos leitores como eu, qualquer perda é altamente significativa: um único, já significa 25% de prejuízo e não posso me dar a esse luxo. Quem sabe se não serei candidato à ABL, um dia? Dispenso o fardão, mas já ouvi dizer que o chá com bolinhos é uma delícia.
Então, aqui estou eu; escrevendo sobre o tédio e esperando não entediar os amigos. É fase, isto passa.
Espero estar melhor, no próximo post!
4 Comments:
poxa mestre Flavio, vosmecê esqueceu de citar o Carlinhos Brown. acho que ele vai desfilar no Carnaval neste ano.
Normal. Todos nós passamos por esse vazio intelectual; o que não nos faz peerder o brilho. (Olha essa postagem aí). Os neurônios também precisam entrar em manutenção, ou piram de vez.
Agora confesso que nesse trio, senti falta também de Paulinho Boca, Baby Consuelo e alguns outros que já sabemos. rsrsrsrs
Serbon, pior que esqueci mesmo; muito bem vinda a correção. É outra figurinha carimbada. Espero que seja aceita minha desculpa da greve dos neurônios...
anônimo, inserções aceitas; totalmente válidas. E pode apostar tb no Armandinho e no Moraes Moreira! :)
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