O ANO E A ROSA
Aguardais o nascer de um novo ano, como o enamorado aguarda o desabrochar da rosa.
Como ele antecipa a perfeição de suas pétalas, antegozais os dias felizes que vivereis. E enquanto as suas narinas pressentem o delicado aroma, os vossos corações imaginam mil alegrias.
Sois, uns e outro, sonhadores...
e é isto que me encanta em vós!
Porque a rosa, uma vez desabrochada, será como tantas outras; talvez não sejam perfeitas as suas pétalas, nem inebriante o seu aroma. E, por certo, o novo ano não vos trará apenas alegrias, mas também algumas tristezas.
Pois são assim todas as rosas. E são assim todos os anos.
Entretanto, em um momento mágico, eis que a rosa a brotar se torna perfeita; e o ano a nascer abriga a felicidade. Porque acreditais sois capazes de, por um momento, dar vida a vossos sonhos.
Esta é vossa ponte para a felicidade. Porque, para o homem, existe aquilo em que ele acredita. E, se não dura a ilusão mais do que um momento, é porque não sois capazes de manter a vossa crença.
Sim: a vossa fé é como a chama de uma vela, pronta a ceder ao primeiro sopro de vento. E que, todavia, enquanto existe pode espalhar a luz.
É este o segredo da vida.
Pois é perfeita a rosa e o ano é o limiar da felicidade, enquanto acreditais e dais vida às vossas esperanças.
Enquanto podeis sonhar, já que ainda não aprendestes a manter os vossos sonhos e, assim, trazê-los ao que chamais realidade.
Eu vos pergunto, entretanto:
- enquanto aguarda o enamorado, não é perfeita a rosa?
- e, enquanto vos desejais feliz ano-novo, não é o vosso um ano feliz?
Esta é a verdade. Que permanece latente em vós.
Por isto, os enamorados sempre aguardarão o nascer das rosas.
E os homens sempre festejarão o Ano-Novo!...
(Amigos, sei que esta página foge ao estilo do nosso blog; foi transcrita de um dos meus livros, como forma de agradecer pela companhia e desejar a todos um feliz Ano Novo!)
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