12.27.2006

O ANO E A ROSA


Aguardais o nascer de um novo ano, como o enamorado aguarda o desabrochar da rosa.

Como ele antecipa a perfeição de suas pétalas, antegozais os dias felizes que vivereis. E enquanto as suas narinas pressentem o delicado aroma, os vossos corações imaginam mil alegrias.

Sois, uns e outro, sonhadores...

e é isto que me encanta em vós!

Porque a rosa, uma vez desabrochada, será como tantas outras; talvez não sejam perfeitas as suas pétalas, nem inebriante o seu aroma. E, por certo, o novo ano não vos trará apenas alegrias, mas também algumas tristezas.

Pois são assim todas as rosas. E são assim todos os anos.

Entretanto, em um momento mágico, eis que a rosa a brotar se torna perfeita; e o ano a nascer abriga a felicidade. Porque acreditais sois capazes de, por um momento, dar vida a vossos sonhos.

Esta é vossa ponte para a felicidade. Porque, para o homem, existe aquilo em que ele acredita. E, se não dura a ilusão mais do que um momento, é porque não sois capazes de manter a vossa crença.

Sim: a vossa fé é como a chama de uma vela, pronta a ceder ao primeiro sopro de vento. E que, todavia, enquanto existe pode espalhar a luz.

É este o segredo da vida.

Pois é perfeita a rosa e o ano é o limiar da felicidade, enquanto acreditais e dais vida às vossas esperanças.

Enquanto podeis sonhar, já que ainda não aprendestes a manter os vossos sonhos e, assim, trazê-los ao que chamais realidade.

Eu vos pergunto, entretanto:

- enquanto aguarda o enamorado, não é perfeita a rosa?

- e, enquanto vos desejais feliz ano-novo, não é o vosso um ano feliz?

Esta é a verdade. Que permanece latente em vós.

Por isto, os enamorados sempre aguardarão o nascer das rosas.

E os homens sempre festejarão o Ano-Novo!...



(Amigos, sei que esta página foge ao estilo do nosso blog; foi transcrita de um dos meus livros, como forma de agradecer pela companhia e desejar a todos um feliz Ano Novo!)