1.29.2006

O SHOPPING E A VIDA


Sábado de manhã, num Shopping Center.

Ainda na ressaca da sexta, sento-me num banco para fumar um cigarro. Tudo bem, sei que não se pode fumar em Shopping. Mas se nem as próprias excelências ligam para as leis que fazem, sou eu que vou ligar?

Viajando na gostosa e proibida fumaça, observo a fauna local. Poucas coisas podem ser mais esclarecedoras, sobre a natureza humana, do que observar as pessoas que, pelos corredores dos Shoppings, desfilam as suas melhores roupas e os seus mais ocultos pensamentos.

Aqui, um casal jovem e enamorado. Entre os abraços e beijos, nos seus olhos descubro um brilho de esperança e confiança no amor; como só podem ter os olhos juvenis, que ainda não conhecem os caminhos da vida.

Ali, um casal mais maduro. Sem abraços e beijos, sequer as mãos dadas; com um suspiro de alívio, ele se deixa cair ao meu lado, no banco, enquanto ela prossegue para as compras. Nossos olhos se cruzam, num lampejo de compreensão, e ambos sorrimos; um sorriso meio cínico, de quem já se contenta com os pequenos prazeres da vida.

Uma senhora de seus 40 anos. Sozinha, insegura, olha disfarçadamente para todos os lados; dou uma rápida olhada para a mão esquerda, onde a marca no dedo ainda denuncia a passada aliança. Ao passar por mim, ela me lança um rápido sorriso; talvez ainda busque o príncipe encantado. Teima em sobrepor as suas esperanças à verdade da vida.

Bem; com certeza, não é em mim que encontrará o que procura. Desvio os olhos, para um grupo de garotas: saias curtas, calças apertadas, blusas pequeninas; roupas calculadas, para realçar os encantos das carnes firmes e exigentes. Brincando e sorrindo, chegam a ser ofensivas, em sua exigência aos direitos da vida.

Apago o cigarro, no vaso de plantas; dane-se a ecologia! Agora é outra jovem que passa, empurrando um caro carrinho de criança, de onde um lindo bebê sorri para o mundo. Por um instante, aquele sorriso desdentado me enternece; tenho a impressão que é a vida, sorrindo para a vida.

Mas o carrinho já se foi; e, com ele, a ternura de um minuto. Hesito em acender outro cigarro; o vigilante ronda por ali, com cara de poucos amigos. Na minha ressaca, a sua presença representa a realidade da vida: as normas, as ordens, onde não há lugar para os sonhos.

Uma onda de simpatia me invade, e me faz sorrir para o negão: imagino as dificuldades com o salário mínimo que ganha. As crianças catarrentas no barraco, a negona barriguda de camiseta. E aquele pessoal cheiroso, bem vestido, desfilando diante de seus olhos todo dia, no Shopping de luxo. Os contrastes da vida.

Ele desvia os olhos, embaraçado com o meu sorriso. Talvez pense que sou bicha; ou ladrão. Pouco me importa; acendo outro cigarro, sopro a fumaça, com um gosto de condenado que desfruta o último desejo concedido pela vida.

Caminho para o meu carro. E deixo o Shopping, voltando para a minha própria vida...

1.21.2006

FEBEAPÁ: A VOLTA POR CIMA


Os mais entrados em anos (ô expressãozinha sacana!) talvez se lembrem: o FEBEAPÁ (Festival de Besteiras que Assola o País) foi uma criação do jornalista Sérgio Porto, sob o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta; era uma espécie de tribuna, da qual o autor descia o pau sobre as merdas perpetradas pelos políticos e classes afins; sobre as asnices, com as quais as excelências nos brindam todo santo dia!

E isto volta à minha mente, ao ler na internet que a excelência Maria do Rosário, deputada do PT/RS apresentou, à nobre Câmara Federal, um sábio projeto que proíbe o castigo físico em crianças e adolescentes, sujeitando os infratores (pais, inclusive) às "penalidades cabíveis". Aprovado, em caráter conclusivo, pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania), o projeto será agora encaminhado ao Senado, sem precisar de qualquer votação em plenário.

Caraca! Perdoem-me, amigos, mas eu não aguento; é estupidez demais! Que uma idiota tenha uma idéia imbecil, eu até entendo; mas que uma Comissão de excelências, com um nome pomposo desses, aceite e sancione a idiotice, é de lascar!

Com tanta gente morrendo de fome, com muito mais de metade dos brasileiros sem sequer saber o que é cidadania, com uma justiça que não funciona, a ilustre COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E CIDADANIA está preocupada em me proibir de dar um tapa na bunda de meu filho, quando ele fizer alguma coisa errada?! É pra isso que pagamos, a cada um desses idiotas, quase R$ 90.000,00 por mês, entre salários e outras vantagens?!

Ou seja: em vez de combater a corrupção, de desenvolver o país, de fazer funcionar a Justiça, de ajudar os pobres, de dar educação e saúde ao povo, as excelências estão mais preocupadas em nos ensinar como não educar os nossos filhos.

Seria até engraçado, se o dinheiro que sustenta esses inúteis não saísse de nossos bolsos. A própria Constituição proíbe os maltratos, não apenas a crianças e adolescentes, mas a qualquer pessoa; o Estatuto do Criança e do Adolescente também os proíbe, especificamente. E a própria natureza nos impede de espancar os nossos filhos, que amamos acima de tudo. Precisamos pagar (e caro!) às excelências, por uma lei idiota dessas?!

É como eu já disse, há alguns comentários atrás: todo político querendo mostrar serviço... e a maioria fazendo merda, porque não estão acostumados a trabalhar.

Ano eleitoral é de lascar!

1.16.2006

A CPI DO PASSADO


Bem sabem os amigos que sacrificam a sua paciência e o seu tempo, para honrar-me com a leitura deste blog, que costumo postar apenas um comentário por semana; mais do que isto, seria abusar da generosidade dos leitores.

Mas certas coisas, realmente, me tiram do sério; preciso desabafar, fazendo, digamos, uma "edição extra". Antigamente se usava este termo.

Acabo de ler, na Folha On Line, que vai ser criada uma CPI, para investigar as privatizações no governo FHC. E a expressão mais delicada que me ocorre é (perdão!) PUTA QUE PARIU! Será que esses caras não se cansam de torrar o minguado dinheiro do contribuinte?

Não tenho maiores simpatias pelo FHC; que, aliás, ensinou muitas coisas ao Lula, inclusive a mania de andar viajando, na qual o aluno superou o mestre. Assim, a minha revolta não visa defender os tucanos; mesmo porque desconfio dos bichos de bico e outras coisas muito grandes, aí incluídos o jumento, o cavalo, o leão marinho e outros bem dotados (pode até ser inveja, mas não estou aqui para me auto-analisar).

Apenas me digam, senhores: se todas as CPIs montadas não conseguiram de volta um único centavo da grana distribuída pelo careca Valério, por conta do PT, o que é um fato bem recente, de que vai adiantar para nós uma investigação das privatizações de tanto anos atrás? E o que vão investigar depois? A construção de Brasília, a morte (ainda mal-esclarecida) do Tancredo, as sandices do Collor ou a cor das cuecas do Cabral? E de que vai adiantar isso, pelo amor de Deus?!

Para o povo, de nada. Mas o PT quer vingança dos tucanos, que estão atacando a fundo a difundida corrupção da era Lula Lelé; mesmo porque o Serra e até o Alckmin têm chance na próxima eleição. Para tentar obter essa vingança e recuperar alguns votos, o Governo não se importa de gastar dinheiro; do povo, bem entendido. E lá se vão mais alguns milhões de impostos, pelo ralo da politicagem!

Como diria o eminente jurisconsulto e erudito latinista Dr. Milton: in annum eleitoralis, anus populum phudidus est!

1.10.2006

NO CONGRESSO, A FOME É ZERO


Certas coisas, realmente, me irritam. Assim, não dá pra começar bem um novo ano!

513 multiplicado por R$ 25.000,00 tem como resultado R$ 12.825.000,00. Mas não se animem: essa grana não é o prêmio acumulado da Mega Sena. Nem o que o Governo Federal vai gastar em cestas básicas, casas populares, merenda escolar, Projeto Fome Zero, nem nada disso.

Aliás, permitam-me breves palavras sobre o Fome Zero. Que, segundo recente reportagem do Fantástico, paga um aluguel mensal de R$ 125.000,00, por um prédio cujo aluguel, na avaliação da Caixa Econômica Federal (órgão do próprio governo), seria no máximo de R$ 60.000,00.

Como se estarão sentindo Gisele Bundchen e outros famosos, que doaram milhões para o belo projeto do Governo Lula, hein? É duro doar dinheiro, ganho com trabalho, pra pagar aluguel superfaturado!

Pior ainda é pagar imposto pra sustentar vagabundo! O que nos leva de volta a aqueles R$ 12.825.000,00; simplesmente, o que vamos pagar DE SALÁRIOS a mais aos ilustres deputados, em dois meses, pela “Convocação Extraordinária”.

Ou seja: para que concordem em reduzir as suas férias anuais de 3 meses para 1 mês; que, diga-se de passagem, é o período normal de férias dos caras que pagam impostos!

Pode ser pior? Pode, sim! Apesar de estarem recebendo essa grana, as excelências não estão comparecendo ao trabalho. Revoltado com essa displicência, o Presidente da Câmara adotou uma medida MORALIZADORA: vai cortar o extra dos ilustres deputados que não forem trabalhar DEPOIS DO DIA 16 DE JANEIRO! Moralidade assim, só mesmo no Congresso!

Ou seja: dos 60 dias “extras” que estão recebendo, os deputados não precisaram trabalhar durante 15. Façamos nova conta: R$ 12.850.000,00:4= R$ 3.212.500,00. Este é o dinheiro que escoou pelo ralo, sem que os vagabundos tivessem, sequer, o “trabalho” de ir a Brasília.

Some-se essa “merrequinha” (que, aliás, resolveria todos os meus problemas) ao dinheiro desperdiçado naquele aluguel do Fome Zero (mais de R$ 720.000,00/ano), e a conclusão é óbvia: não tem fiofó de contribuinte que agüente! Alguém ainda se espanta, por termos uma das maiores taxas tributárias (e um dos piores serviços públicos) do mundo?


Será que, algum dia, essa sacanagem vai acabar?!

DEPOIS DA MISSA DO GALO, A MISSA DO PINTO



Como diversos (aliás, a maioria) dos amigos que me honram com a leitura deste blog não são de Salvador e podem não ter visto o Jornal Nacional da semana passada, deixem-me resumir rapidamente o assunto.

O Padre Pinto (certos nomes são paradoxais, principalmente quando o que denominam não pode ou, pelo menos, não DEVE ser usado, em função da profissão escolhida) é o responsável pela paróquia da Lapinha, aqui na agradável capital baiana.

Na semana passada, talvez para comemorar o início das festas populares, o referido Pinto rezou a missa tradicional, travestido de diversos personagens: índio, pai de santo e outros menos votados, por cima da eclesiástica batina. Bailarino clássico por formação, dançou (ao som de atabaques) músicas afro-brasileiras e caprichou na coreografia; inclusive, imitando razoavelmente bem os trejeitos de um médium ao “receber o santo”. Pelo jeito, receber é com ele!

Como era de se esperar, o escândalo foi grande. A diocese distribuiu nota oficial, dizendo que o padre precisava de terapia, e os fiéis fizeram um abaixo-assinado, para que ele fosse retirado da paróquia. O padre leu esse abaixo-assinado em outra missa e, chorando, disse que ama a Lapinha e quer morrer no altar daquela igreja. Tudo isso foi transmitido pela TV, em rede nacional.

Beleza, não é? Principalmente porque o pároco, por seus trejeitos exagerados e entonações de voz, mais me parece que deveria chamar-se “Quero Pinto”, do que simplesmente o próprio.

Aqui, deixem-me colocar uma coisa: concordo inteiramente com um dos comentários feitos na minha postagem passada: “quem tem o que é seu, dá a quem quer”; nada tenho contra a opção sexual de ninguém. A menos, é claro, que venham a querer exercer comigo essa opção; aí, serei forçado a defender o meu próprio direito de só dar o que é meu a quem eu quiser. No caso o pinto, não o padre.

Também, não sou católico. Assim, não me considero ofendido pelo episódio; nem pessoalmente, nem nas minhas convicções religiosas.

Apenas, por uma questão de lógica, acho que o padre deveria respeitar mais a profissão que escolheu: a Igreja Católica é uma instituição e tem as suas normas, inclusive em questão de roupas. Estas devem ser obedecidas pelos que a seguem e, principalmente, pelos seus funcionários; um padre, em última análise, nada mais é do que um funcionário da Igreja. Vocês já viram algum bancário trabalhando de bermuda? Ou dançando samba no trabalho?

Também entendo a revolta dos fiéis: quem vai a uma igreja católica, quer encontrar um padre; quem quer encontrar um pai de santo, vai a um terreiro. Embora seja preciso admitir que, aqui na Bahia, a maioria das pessoas vai a ambos, realmente a mistura não podia dar certo; eu bebo café e cerveja, mas nunca ao mesmo tempo.

Ao menos, o incidente teve um lado positivo: a novidade. Eu nunca tinha visto um Pinto rezando missa. Neste tipo de altar, bem entendido...

1.06.2006

EU COMI A BRUNA SURFISTINHA!


Mentira! Não comi não! Só conheço a garota através de fotos, que vi na internet. Apresso-me a esclarecer este ponto, para evitar dolorosas contendas sentimentais e, quiçá, judiciais!

Então, por que o título? Achei que chamaria atenção, e não vejo nada demais em juntar-me à grande quantidade de pessoas que estão querendo faturar em cima da Bruna. O que, aliás, me parece poeticamente justo, uma vez que ela mesma admite que faturou alto, em cima (e embaixo) de muita gente!

Acho que nem é necessário, mas recapitulemos: a Bruna Surfistinha é aquela que foi garota de programa dos 17 aos 20 anos e mantinha um blog, onde contava as suas aventuras com os clientes. No fim do ano passado o blog virou livro, com o nome de “O Doce Veneno do Escorpião”, que entrou na lista dos mais vendidos; calculo que o seu próximo sucesso editorial deverá ser “O Salgado Sabor da Aranha”, mas isso é outra história.

Assim a Bruna se aposentou, provando que, ao menos no tempo de serviço, é melhor ser puta do que Deputado: eles só se aposentam após 8 anos (o mortal comum, só com 35, lembre-se). Em compensação, ganham no mole e a Bruna Surfistinha ganhou foi no duro, mesmo: ela calcula que, nos 3 anos de profissão, deve ter passado por umas 1.000 pranchas. É pau que dá pra refazer as jangadas do Ceará!

Aí, o bicho pegou: os falsos moralistas começaram a cair de pau (não literalmente, claro... seria pecado!) na Bruna. Como o livro foi sucesso, os nossos “educativos” programas de televisão, atendendo ao Deus Ibope, se interessaram pelo assunto. O Superpop, da Rede TV!, apresentou a ex-esposa de um ex-cliente da Bruna, que hoje vive com ela; a apresentadora hipotecou total solidariedade à pobre abandonada, assando a ex-puta na cruel fogueira da moralidade.

Sabem o que é mais engraçado? A apresentadora do Superpop é aquela mesma que foi catapuLtada (quase “esqueço” o L) para a fama, ao ter um filho extra-conjugal do Micky Jagger, lembram? Seria, talvez, o caso de parafrasear o velho ditado popular: “-Gata, olha o teu rabo!” ... e que rabo, diga-se de passagem! Mas isso também é outra história.

Na verdade, o que me choca nesta história é a hipocrisia: a malhação da Bruna não se deve a ela ter sido puta, nem a ter "desfeito uma família" (se é que o fez; acho essa expressão extremamente falsa!). Já pensaram o que aconteceria, se os programas de TV chamassem todas as mulheres de 29 anos, que foram trocadas por uma de 20? Ia ter fila de espera até o fim dos tempos!

Não. A malhação da garota deve-se, única e exclusivamente, ao seu sucesso; àquela espécie de inveja doentia que o brasileiro parece ter, de todos que são famosos... mesmo que para isso tenham precisado receber mais madeira que uma serraria, como é o caso da Bruna. Eu também gostaria de subir ao sucesso... mas não por uma escada de varas!


Eu tenho é pena da Bruna. Podem ficar tranqüilos, os “moralistas”... acho que a garota vai ser duramente castigada. Pelo que li, o tal ex-marido da outra já foi morar na casa dela, desde antes que ela se aposentasse; e não consigo entender que espécie de homem aceita numa boa que a "amada" faça sexo com com outros homens, principalmente por dinheiro. Não consigo entender esse tipo de amor.

Essa não é bem a minha idéia de "love story"...

1.03.2006

PROBLEMA DE ANO NOVO


OK, eu confesso: estou com um sério problema.

Gostaria de uma mensagem positiva, para começar o novo ano. Para isto, tenho assistido à TV, lido as notícias na Internet e até encarado a imprensa escrita, tipo jornais, Isto È, Veja e outros pasquins.

Entretanto... tá difícil! Na TV, só Faustão, Ana Maria Braga, Sílvio Santos, Gugu, Hebe, Leão e outros bichos semelhantes. Isto, para não falar nas novelas de sempre, nos indefectíveis cantores sertanejos e nos filmes reprisados, que começam a preencher os horários, para dar férias aos apresentadores também reprisados!

De novo, mesmo, só o Lula Lelé prometendo que este ano vai ser melhor. Mas, pensando bem... onde está a novidade nisso? Ele promete a mesma coisa, há três anos... e a gente continua levando ferro!

Na Internet, piorou! É gente comemorando (ou lamentando) o aniversário da Tsunami (com “t” maiúsculo, mesmo, que aquela foi grande!), ou cientistas prevendo que qualquer dia nós, brasileiros, vamos receber uma bem maior pelos peitos. Tomara que, pelo menos, lave a corrupção; que os congressistas parem de receber milhões, para tirar “só” um mês de férias!

Vejo, também na Internet, que um cara, na Inglaterra, ganhou 39 milhões na Loteria, não foi receber e o prêmio prescreveu. Deve estar morto, o sortudo azarado; se ainda não estiver, com certeza a mulher dele vai providenciar isso, quando souber o que aconteceu! Se não for casado... bem, aí ele se mata sozinho.

Na mídia impressa, uma coisa me preocupa: cessaram as denúncias de corrupção, os comentários sobre o mensalão. O que isto significa, vocês já sabem: os deputados que foram cassados, foram; os outros, se a mídia continuar caladinha, vão ser absolvidos. E tudo vai continuar como dantes, no quartel de Abrantes... vem mais merda pra cima da gente!

Aliás, por falar em merda... este vai ser um ano eleitoral. Ou seja: outro festival de promessas e mentiras; as verbas governamentais vão ser liberadas a rodo, aparentemente para beneficiar o povo... e nós vamos pagar a conta, nos 3 anos seguintes. É de lei. A boa notícia, para os pobres, é que o salário mínimo, com certeza, vai ter um bom aumento; afinal, o Lula Lelé quer ser reeleito e tá pouco ligando para as conseqüências.

Tudo como sempre, afinal; até aqui na minha rua. Os cachorros continuam cagando bem na minha calçada, o mesmo filho da puta continua parando o carro do lado da minha casa e ligando a porra do som bem alto; a mulher do vizinho continua desfilando o seu (dela!) rabo michuruca, enquanto o marido sonha com os seus (dele!) chifres hipotéticos.

Tudo na mesma... e eu queria tanto fazer uma mensagem positiva, para começar o novo ano!!!